IA: O escudo inteligente contra os ciberataques

A Inteligência Artificial (IA) se apresenta como uma ferramenta chave para melhorar a cibersegurança. Sua integração promete transformar a forma como protegemos nossos ambientes digitais, oferecendo soluções mais rápidas e precisas.

O mundo tem vindo a presenciar como a Inteligência Artificial (IA) está a transformar o mundo digital, tanto a nível empresarial como particular. A Inteligência Artificial (IA) tem vindo a revolucionar a nossa habilidade em aprender, raciocinar e tomar decisões. Atualmente, as máquinas já podem realizar tarefas complexas, que anteriormente apenas humanos conseguiam realizar.

A Inteligência Artificial (IA) é uma tecnologia criada por seres humanos, para desenvolver sistemas capazes de realizar tarefas que por norma requerem inteligência humana. Estes sistemas percebem o seu ambiente, utilizam os seus conhecimentos para raciocinar e processam grandes quantidades de informação para tomar decisões orientadas para objetivos. Nesta medida, o potencial da IA no domínio da cibersegurança pode ser comparado a um guardião que nunca dorme, analisando milhões de dados em segundos e aprendendo com cada ataque para antecipar o próximo.

Também no domínio da cibersegurança, a IA parece estar a demonstrar um grande potencial na identificação de software malicioso, popularmente conhecido como “vírus informáticos” ou “malware”. De acordo com o relatório “Empowering Defenders: how AI is shaping malware analysis”, a IA parece ser capaz de identificar até 70% do código malicioso mais do que as ferramentas tradicionais, sendo 300% mais precisa na deteção de scripts maliciosos. 

Por outro lado, a IA tem demonstrado uma grande capacidade de identificar padrões de comportamento, que podem ser potencialmente úteis na identificação de fraudes e ciberataques. Estas funcionalidades da IA provam que, tanto no futuro como já nos tempos atuais, a IA pode vir a ser uma grande aliada da cibersegurança.

Quais poderão ser as potenciais utilizações da IA na prevenção de ciberataques?

  • Identificação de vulnerabilidades internas: A IA pode analisar os sistemas de modo a detetar falhas que possam ser exploradas por cibercriminosos, evitando assim violações de segurança dispendiosas.

  • Análise de comportamentos e deteção de anomalias: A IA pode monitorizar o tráfego da rede e aprender com as práticas comuns dos utilizadores para detetar comportamentos invulgares e, assim, ser capaz de gerar alertas para avisar os técnicos de atividades suspeitas, ou mesmo agir autonomamente para bloquear atividades maliciosas.

  • Prever potenciais ameaças através da aprendizagem automática: uma vez que a IA analisa grandes volumes de dados e tem o potencial de identificar padrões ou tendências utilizados em ataques anteriores. Assim, seria possível gerar algoritmos que antecipassem as possíveis estratégias dos cibercriminosos.

  • Geração de simulações realistas de ciberataques: a capacidade criativa da IA permitiria a concessão de cenários de ataque simulados com os quais as equipas de segurança poderiam testar as suas defesas ou planos de resposta de emergência, ajudando a identificar áreas de melhoria e possíveis vulnerabilidades.

Todas estas potenciais funcionalidades podem permitir que a IA identifique atividade maliciosa de forma mais exata e em tempo real, o que permite que as equipas de segurança possam tomar medidas necessárias para minimizar os riscos e prejuízos de ciberataques.

A colaboração homem-IA será fundamental num futuro não muito distante para uma cibersegurança robusta e eficaz. A combinação da velocidade e da precisão da IA com a perícia e o discernimento humanos criará um ambiente digital mais seguro e resiliente face a qualquer ameaça.